sábado, 12 de janeiro de 2008

Olá, então por aqui !?...
Pois é como vês e então ?!...
E então ?!... Tu estás parvo ou quê?!
Se eu estou parvo ou quê, eu não.



(para cantar com aquela música do tózébrito )
Ontem à noite cheguei a casa aos tombos
Ontem à noite cheguei a casa aos tombos
C’uma bebedeira d’água pé
Ontem à noite cheguei a casa aos tombos
Ontem à noite cheguei a casa aos tombos
C’uma bebedeira d’água pé
Oh Laura
Oh Laura
Laurinda
Vê lá se há ainda
Algum Guronsan

Diz que a água-pé que é fodido
Diz que a água-pé que é fodido
E eu que o diga se não é
Diz que a água-pé que é fodido
Diz que a água-pé que é fodido
E eu que o diga se não é
Oh Laura
Oh Laura
Laurinda
Vê lá se há ainda
Algum Guronsan

Agora ‘tou aqui todo partido
Diz que a água-pé que é fodido
E eu que o diga se não é


s.martinho2007
O Pina Manico tinha um penico
O duque de Terceira uma arrastadeira
Já a grande Amália fazia por uma algália
Partistes com outro alguém
Nessa fria madrugada
Nem água vai água vem
Nem um bilhete nem nada

A nossa fotografia
Das lágrimas que já chorei
Ficou toda encarquilhada
Até musgo ela já tem

Nem às pedras da calçada
Nem ao basalto mais rijo
Sabe deus que ainda hoje
Às vezes ‘inda m’aflijo

Perdôo-te a crueldade
A traição e a tareia
Partistes-me o coração
Mas não me sais da ideia

Sinto a falta do teu cheiro
Do sorriso nos teus dentes
De quando me partiste um braço ao meio
Em três sítios diferentes
Aqui não se assam frangos para fora
Aqui não há cá facilidades
Aqui não há cá tupperwares
Temos é peixe de variadas qualidades

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Deus já não estava a dar despacho à criação
e deu consigo a pensar com o seu botão
do umbigo, essa mística covinha:
“e se eu, mas é, dormisse uma sestinha…?”
Era domingo e estava tudo fechado,
por isso, deus deixou-se ficar deitado;
o dia todo deitadinho no divã…
“pois sim, está bem, o mundo acaba-se amanhã!,
que eu, estas coisas, na forma como as entendo,
não é p’ra fazer… é mais p’ra s’ir fazendo!”
e isto, claro que, é escusado de explicar,
que não sou eu; isto é deus a falar !
E nesse dia, em que deus não quis cansar-se,
deixou o homem fazer merda até fartar-se
e na segunda, já depois de bem dormido,
deus acordou e ia morrendo: “’tou fodido!”

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008


Um cidadão caucasiano, de meia idade e fato escuro, entrou esta tarde na farmácia Estácio, no Rossio de Lisboa e, dirigindo-se ao balcão, pediu uma caixa de aspirinas e um pacote de lenços de papel.
Depois de atendido o pedido, pagou e saiu, sem olhar para trás.
A funcionária da referida farmácia, contactada p’la nossa redacção, garantiu que o individuo em causa não é cliente habitual do estabelecimento, nem lhe apontou nenhuma pistola, ou arma branca.
Quanto ao pedido, afirmou ser habitual, nesta altura do ano. O sol intenso e a humidade nocturna dão cabo da saúde a muita gente. Também as vendas na farmácia, onde tudo se passou, a mesma funcionária esclareceu que se mantém dentro do razoável, tendo em conta a crise que o sector atravessa.
NO TEMPO DOS ASSASSINOS
ALGUNS COMIAM PEPINOS
MAS JÁ OS MAIS VIOLENTOS
SÓ TOMATES E PIMENTOS
NO TEMPO DOS ASSASSINOS
FAZIAM DOS INTESTINOS
AS POBRES POPULAÇÕES
CHOURIÇAS E CORAÇÕES
NO TEMPO DOS ASSASSINOS
OS MÉDICOS OTORRINOS
ESTENDIAM NAS BANCADAS
AS GARGANTAS JÁ CORTADAS
NO TEMPO DOS ASSASSINOS
SENHORIOS E INQUILINOS
UNIDOS NA MESMA LUTA
FOI UM TEMPO FILHO DA PUTA...

...O TEMPO DOS ASSASSINOS!