terça-feira, 6 de maio de 2008

Sejamos pragmáticos disse ele, apontando-lhe a pistola ao meio da testa se eu agora disparasse, aí bem no meio desses olhinhos piscos, ficava um buraquinho do tamanho de uma azeitona, por onde mal escorreria um fio de sangue, escuro e peganhento. Mas a parte de trás da cabeça, por onde a bala saísse, a coisa aí seria um bocado diferente. O tiro haveria de te desfazer a nuca, espalhando os miolos por todo o lado. Uma coisa nojenta de se ver. Nojenta e deprimente, garanto-te eu.

Arre gaita, homem, você assusta-me!

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